segunda-feira, 26 de março de 2012

PRONOMES POSSESSIVOS




Gerado por IA 
Mona Lisa - Leonardo da Vinci


Quando devemos usar os Pronomes Possessivos “teu”, “meu”, “seu”, “sua”...?

Os Pronomes possessivos servem para indicar a que pessoa do discurso pertence o elemento ao qual se refere.

Exemplo:

Meu irmão está atrasado.

Eles concordam sempre em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor.

Exemplos:

(eu) Comprei meu laptop.

(tu) Já calçou teu tênis?

(nós) Nossos pais já foram.


Eis um quadro dos pronomes possessivos:

Número
Pessoa
Pronome Possessivo
Singular
Primeira
meu – minha – meus - minhas

Segunda
teu – tua –teus – tuas

Terceira
seu – sua –seus – suas
Plural
Primeira
nosso – nossa – nossos –nossas  

Segunda
vosso – vossa – vossos - vossas

Terceira
seu – sua –seus – suas


Quanto ao pronome possessivo “teu”, refere-se à segunda pessoa do singular, tu, assim como, os pronomes te, ti, contigo, teus, tuas, tua.

No que concerne aos pronomes possessivos: seu, seus, sua, suas, o, a, os, as, lhe, lhes, referem-se à terceira pessoa, você(s), ele(s), ela(s).

Eis alguns exemplos:

Gosto de ti. Teus olhos me fascinam. Desejo-te.

Gosto de você. Seus olhos me fascinam. Desejo-a.

A concordância do pronome possessivo em gênero e número com o substantivo mais próximo deve existir quando este trouxer consigo mais de um substantivo.

Exemplo:

Vou arrumar minhas malas e bolsas.


Emprego dos pronomes possessivos

Existem casos em que o pronome possessivo não exprime 

propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar 

aproximação, afeto ou respeito.


Exemplo:


Aquele museu deve ter seus cem anos. (aproximação)


Meu caro amigo, cuide melhor de sua saúde. (afeto)


Sente-se aqui, minha senhora. (respeito)


a) seu: anteposto a nomes próprios não é possessivo, mais uma alteração fonética de 

Senhor.


Exemplo:


Seu José, o senhor poderia emprestar-me seu celular?


b) seu: a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter 

dúvidas quanto ao possuidor.


Exemplo:


A menina disse ao colega que não concordava com sua reprovação. 

(reprovação de quem? Da menina ou do colega?)


Para evitar esse tipo de ambiguidade, usa-se dele (dela, deles, delas).



Exemplos:


A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação 

dela.


(A reprovação dela (menina)).


A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação 

dele.


( A reprovação dele (do colega))


Monossílabos

 
Auto retrato - Leonardo Da Vinci


Palavras compostas por uma única sílaba.

São divididos em Átonos e Tônicos.

Os Átonos não são utilizados sozinhos em uma frase. Quanto aos Tônicos, podem aparecer só em uma frase, possuem força para isso.

Podemos considerar monossílabos tônicos os substantivos, os adjetivos, os advérbios, os numerais, os verbos e alguns pronomes. Essas classes gramaticais podem ser utilizadas sozinhas numa frase.

Eis alguns exemplos:

Dê, eis, só, mim, tu, pá

Acentuação dos Monossílabos Tônicos

A acentuação dos monossílabos tônicos só será possível quando tiverem sua terminação em a, e, o, ei, eu, oi, não importando se seguidos de s ou não.

Exemplos de palavras monossilábicas acentuadas:

Céu, véu, méis, sóis, pá, pás, pé, pés, má, más, vá, mês, rês, Zé, lá, pô!, já, ‘né?’, pó, pós, pô, cós, dó.

A acentuação do verbo Pôr é feita para diferenciá-la da preposição por.

Exemplo:

Vou assistir ao pôr do sol para depois sair por aí com meus amigos.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Vícios de Linguagem

 
O sapo - Tarsila do Amaral


Os vícios de linguagem se apresentam quando há um desvio por não conhecimento da norma culta. E este desvio acontece com o propósito de estabelecer uma maior expressividade e se encontra classificado nas figuras de linguagem.  A norma culta ou língua padrão, são regras estabelecidas pela gramática para o uso da língua. No que concerne à linguagem escrita, nem sempre é obedecida quanto as normas gramaticais. 


Vícios de Linguagem: barbarismo

 
Rio de Janeiro - Tarsila do Amaral



Significa grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

Exemplos:


pesquiza (em vez de pesquisa)

prototipo (em vez de protótipo)




Vícios de Linguagem: solecismo


 
Tarsila do Amaral

Significa desviar-se da norma culta na construção sintática.

Exemplo:


Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz; desvio na sintaxe de concordância)

Vícios de Linguagem: ambiguidade ou anfibologia




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Vícios de Linguagem ambiguidade ou anfibologia


É construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.

Exemplo:


O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)


Vícios de Linguagem: cacófato

 

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Vícios de Linguagem cacófato


Consiste no mau som produzido pela junção de palavras.

Exemplo:

Paguei cinco mil reais por cada.

Vícios de Linguagem: pleonasmo vicioso

 

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Paisagens - Tarsila do Amaral

É a repetição desnecessária de uma idéia.

Exemplo:

O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.

Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é considerado vicioso.


Vícios de Linguagem: Eco



 

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Sabiá - Tarsila do Amaral

É a repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

Exemplo:

O menino repetente mente alegremente.


terça-feira, 20 de março de 2012

Figuras de Harmonia - Onomatopéia

Ponte Neuf - Tarsila do Amaral



Uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.

Exemplos:

Não consegui entender o diálogo entre os atores, havia um zumzumzum dos espectadores sentados atrás de mim. (Neste caso o zumzumzum vem representando o som das palavras.)


"E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais o plic-plic-plic-plic da agulha no pano". (Machado de Assis)


Figuras de Harmonia - Paranomásia

Coração de Jesus - Tarsila do Amaral



Reprodução de sons semelhantes em palavras de significações diversas. 

Exemplos:

Eu que passo, penso e peço.”

Berro pelo aterro pelo desterro
Berro por seu berro pelo seu erro
Quero que você ganhe que você me apanhe
Sou o seu bezerro gritando mamãe.” (Caetano Veloso)

"Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a vida larga atributo da ignorância". (Vieira)


Figuras de Harmonia - Assonância

Morro da Favela - Tarsila do Amaral



Quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.


Exemplos:

“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”


"Sou Ana, da camda cana, fulana, bacanSou Ana de Amsterdam." (Chico Buarque)



Figuras de Harmonia - Aliteração

 Obras de Tarsila do Amaral


Quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, de modo geral, quando se apresentam em posição inicial da palavra.

Exemplos:

“Acho que a Chuva ajuda a gente a se ver.” (Caetano Veloso)

“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

"Toda gente homenageia Januária na janela." (Chico Buarque)




FIGURAS DE HARMONIA


Retrato de Tarsila do Amaral


Os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar" sons produzidos por coisas ou seres, são chamados de figuras de som ou de harmonia..


sexta-feira, 16 de março de 2012

Figuras de Pensamento



Morro - Tarsila do Amaral


Pertencentes a figuras de linguagem, são formadas por valor conotativo e não pertencem a 

textos onde se obtém apenas uma única interpretação e que primam sempre pela 

objetividade. Ao contrário, são subjetivas e exploram a abundancia de sentidos ocultos 

escondidos por detrás do véu de uma determinada ideia ou expressão. As figuras de 

pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu 

aspecto semântico. No que concerne ao termo “pensamento”, as figuras de pensamento 

atuam mais nas questões implícitas do que nos aspectos sintáticos, comparados à 

estruturação das orações.



Perífrase

Maternidade - Tarsila do Amaral




Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.

Exemplos:

O “Boca do inferno” se revelou como principal representante do Barroco. (Tal caracterização se refere a Gregório de Matos)

Conhecemos a cidade de Drumond. (Faz referência a Itabira)



"Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho) 



Prosopopéia

Retrato de Oswald de Andrade - 1922 - Tarsila do Amaral




Prosopopéia (animização ou personificação) se dá quando atribuímos movimento, ação, sentimento, fala, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários. A propospopéia é a atribuição de características humanas a seres animados, o que é comum nas fábulas e nos apólogos.

Exemplos:

“...os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp).

Um frio inteligente (...) percorreria o jardim...” (Clarice Lispector).


"Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)




Ironia

Sono - Tarsila do Amaral



Identificamos ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.

Exemplos:

“Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor.” (Mário de Andrade).

O ministro foi sutil como uma jamanta.


Hipérbole

Pastoral - Tarsila do Amaral



Quando há exagero de uma idéia com finalidade expressiva.

Exemplos:

“Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)

Estou morrendo de sede (= com muita sede), Ela é louca pelos filhos (= gosta muito dos filhos).




Gradação

Caipirinha - Tarsila do Amaral




Quando há uma sequência de palavras que intensificam uma mesma idéia.

Exemplos:

“Aqui...além...mais longe por onde eu movo o passo.” (Castro Alves).


Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente.




Eufemismo

Feira - Tarsila do Amaral




Ocorre eufemismo quando um vocábulo ou expressão é aplicado para reduzir a menos uma verdade tida como desagradável, penosa ou chocante.


Exemplos:

“E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague”. (Chico Buarque)

"O rapaz saltou da ponte da vida" (Manuel Bandeira) 



Paradoxo

Paisagem com touro - Tarsila do Amaral



A ocorrência do paradoxo não se dá apenas na proximidade entre as palavras de sentido contrário, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo. 

Exemplos:

“Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;” (Camões).


"O mito é o nada que é tudo" (Fernando Pessoa) 

Apóstrofe

Manaca - Tarsila do Amaral



Há a ocorrência de apóstrofe quando existe a invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, presente ou ausente. Equivale ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar acentuação à expressão.


Exemplo:

"Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves)






Antítese

São Paulo - Tarsila do Amaral



Quando há a aproximação de termos ou expressões que se opõem pelo significado.

Exemplos:

"Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios". (Vinicius de Moraes)

“Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa).